Os comissários encaminharam 38 adolescentes em situação de risco ao SOS Criança de Porto Velho. Operação realizada no último sábado (3) pelo Comissariado de Menores resultou em prisões numa boate da zona Leste de Porto Velho. A equipe, composta por 12 comissários, teve o apoio de agentes da Polícia Civil, das delegacias de Jogos e Diversões (DJV), Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI), Polícia Militar, I Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros e Secretaria Municipal de Vigilância Sanitária. Essa última, também determinou o fechamento temporário da boate, conhecida como "Subterrâneo". Lá, foram encontrados 30 adolescentes em situação de risco, que foram encaminhados ao SOS Criança.
Um das quatro prisões realizadas, um foi do responsável pelo estabelecimento, por permitir que adolescente vende-se bebida alcoólica; outra por tráfico de drogas, uma por desacato e um policial militar por prevaricação. (LINK) Também foi apreendido um adolescente, por associação ao tráfico.
Denúncia
O juiz Dalmo Antônio de Castro Bezerra, titular da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Porto Velho (RO), havia sido informado pelos comissários que existia uma boate na Zona Leste que permitia a entrada e a permanência de crianças e adolescentes, além de vender, sem nenhum controle, bebida alcoólica. Diante das informações recebidas por meio de um relatório contendo fotografias e filmagens do local, o magistrado determinou que os comissários fizessem uma operação com apoio de outros órgãos ligados à segurança pública na Capital. De acordo com o chefe de operações do Comissariado, José Ricardo, cerca de 35 pessoas, entre homens e mulheres, participaram do trabalho. "Todos agiram dentro de suas atribuições, inclusive agentes da vigilância sanitária lacraram o estabelecimento por não possuir condições de funcionamento", informou o comissário. As pessoas presas foram levados a Delegacia Central de Polícia e o adolescente apreendido à DEAAI.
Subterrâneo
A boate fazia jus ao nome, pois funcionava literalmente no debaixo de um supermercado, um lugar completamente escuro e bastante abafado. Segundo o chefe da operação, alguns relatos colhidos no próprio local, davam conta de que, além de haver um intenso comércio de entorpecentes, também existia um espaço destinado para que adolescentes dançassem eroticamente para os presentes, até com apresentações agendadas.
Dimples Dance
Já no domingo, 4, comissários de menores, com apoio da DEAAI e DJV, realizou uma fiscalização na boate Dimples Dance, no centro da capital. Como resultado do trabalho, foi lavrado um auto de infração e oito adolescentes encaminhados ao S.O.S Criança. Toda a operação foi acompanhada pela delegada Alessandra Paraguassu, da DEAAI.