Variedade de cana-de-açúcar tolerante à seca em desenvolvimento na Embrapa

Variedade de cana-de-açúcar tolerante à seca em desenvolvimento na Embrapa

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Foto: Divulgação

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A Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde agosto de 2008, trabalha com a transformação genética de cana-de-açúcar para tolerância à seca. Em uma perspectiva técnica de até sete anos o setor sulcroalcooleiro poderá contar com esta nova variedade.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Hugo Molinari, o método de transformação mediado por biobalística é mais utilizado atualmente na produção de cana geneticamente melhorada devido à maior simplicidade e praticidade de aplicação. “Quando se trabalha com transgênicos, é preciso fazer vários estudos para provar que eles podem ser utilizados e que são equivalentes a uma outra planta que não sofreu a inserção da característica desejada”, salienta Molinari. A introdução de características para o melhoramento da cana por meio da transgenia deve produzir em alguns anos, variedades mais resistentes a doenças e capazes de tolerar ambientes marginais com solos salinizados ou com pouca água disponível.

 

Com foco na engenharia genética, esforços vêm sendo feitos pelos pesquisadores da Embrapa Agroenergia, em parceria, visando à seleção de genes de interesse e de metodologias mais eficientes para a introdução de interesse em plantas de cana-de-açúcar.

 

O melhoramento clássico de cana-de-açúcar convencional é um processo demorado e trabalhoso. Atualmente, com este processo são necessários de 12 a 15 anos para obter uma nova variedade. Por meio da transgenia é possível a redução do período para sete anos. Este método oferece vantagem de modificar somente a característica de interesse, no caso da pesquisa em andamento, o aumento da tolerância à seca.

 

Mudanças climáticas globais cada vez mais acentuadas, como, por exemplo, o processo de desertificação constitui um problema que afetará seriamente as gerações futuras. Atenta às mudanças, a Embrapa Agroenergia, com esta pesquisa, reforça a responsabilidade da empresa em minimizar os impactos causados por tal fenômeno.

A tecnologia desenvolvida pode ser uma alternativa para o melhor aproveitamento de muda e eficiência de planta, visando impulsionar a produção de cana-de-açúcar no Brasil para as áreas de expansão. De forma geral, estas áreas têm como características solos com baixa fertilidade, altas temperaturas e baixa precipitação pulviométrica. Molinari salienta que a futura variedade geneticamente melhorada, terá características favoráveis para ser cultivadas nestas áreas, o que para o setor sulcroalcooleiro será um grande avanço.

 

Atualmente, ainda não existe variedade de cana-de-açúcar transgênica comercial. Com isso, um enorme potencial para o aumento da produção física de cana e seus derivados, como o etanol, se abre com as alternativas para o melhoramento genético da cana-de-açúcar via transgenia. A cana-de-açúcar está ocupando um papel estratégico como fonte para a produção de etanol, sendo que no Brasil a produção de etanol é totalmente oriunda da cana-de-açúcar. A produção da cana-de-açúcar no Brasil está concentrada principalmente nas regiões Centro-Sul e Nordeste e ocupa uma área de aproximadamente 8 milhões de hectares.

 

As pesquisas

As pesquisas são desenvolvidas, em parceria, nos laboratórios da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF), que possuem todas as características exigidas pelas normas da CTNBio para estudos com organismos geneticamente modificados. Além desta parceria, a Unidade conta com o apoio da Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences, Jircas, empresa de pesquisa vinculada ao governo japonês. Esta parceria foi firmada ainda este ano entre a Embrapa e a Jircas, em projeto de cooperação técnica liderado pelo pesquisador Alexandre Nepomucemo, da Embrapa Soja.

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