Delegado e promotor falam à imprensa sobre prisão de acusados no estupro da jovem com Síndrome de Down

Delegado e promotor falam à imprensa sobre prisão de acusados no estupro da jovem com Síndrome de Down

Delegado e promotor falam à imprensa sobre prisão de acusados no estupro da jovem com Síndrome de Down

Foto: Divulgação

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O delegado da Polícia Civil de Ouro Preto D´Oeste, Cristiano Lopes e o promotor público, Aluildo Leite, concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira(12), sobre a prisão dos quatro suspeitos envolvidos no estupro de uma garota de 19 anos, portadora de Síndrome de Down, há duas semanas.

Segundo o delegado, o inquérito está praticamente concluído e será levado ao Ministério Público para a formalização ou não de denúncia nesta sexta-feira (13). Lopes justificou que, nesses doze dias que se sucederam o episódio, não falou com a imprensa para preservar a imagem da vítima e familiares.

Sobre a participação de cada um dos envolvidos, o delegado disse que Reinaldo Marques e Paulo Henrique foram os autores do estupro; o o médico Pedro Rui apenas “emprestou” a casa e ficou observando o ato, e  Binamérico Palmeira trouxe a vítima até o local do crime.

Todos foram denunciados no artigo 213 (estupro) e poderão ser réus na denúncia de Ação Penal que o Ministério Público deve oferecer à Justiça. As autoridades demonstraram um pouco de contrariedade sobre a repercussão do caso, taxando as notícias de “falatórios”,  e disse me disse.

À respeito das declarações do deputado Valter Araújo (PTB – Porto Velho), na tribuna da Assembleia, quando criticou o trabalho da Polícia de Ouro Preto, o delegado frisou que nunca foi procurado pelo parlamentar e que está à disposição da Assembléia para mostrar todas as fases processuais do inquérito. “Só fomos procurados pelo MP”, ressaltou.

O promotor Aluildo Leite, também respondeu aos questionamentos da imprensa de Ouro Preto, no que diz respeito à proibição de registro de imagens dos acusados pelos jornais da cidade, a situação da família e da vítima daqui pra frente e ainda o resultado dos laudos psicológicos realizados na vítima pelos médicos da Polícia Civil.

Segundo o promotor, por se tratar de crime contra os costumes, o registro de imagens está condicionado à autorização dos acusados e que a exposição deles na mídia poderia gerar um estado punitivo antecipado por parte da sociedade. “Não vivemos mais na época do olho por olho, dente por dente, mas sim num estado democrático e de direito”, disse.

De acordo com o promotor, o Ministério Público e a Polícia Civil deverão articular medidas de proteção à vítima e seus familiares, pois a exposição demasiada na mídia, nos últimos dias, causou grande constrangimento. O promotor, no entanto, não quis revelar que tipo de medida será tomada.

Quanto ao exame psicológico, o promotor disse que o mesmo não foi feito porque os profissionais médicos se disseram impossibilitados por manterem  um certo grau de envolvimento com os réus. O exame psicológico poderá ser realizado na fase processual quando o caso estiver na Justiça.
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