Notícias da Região Norte - Acre, Amazonas e Roraima
Foto: Divulgação
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ACRE
Exército irá ajudar a combater a dengue no Acre
Cinqüenta militares do Exército no Acre serão treinados para combater a dengue em todo o Estado acreano. Desse total, 40 ficarão à disposição do município de Rio Branco. A informação foi anunciada ontem, dia 21, pelo Secretário Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, e pelo diretor da Vigilância Epidemiológica Municipal, Jeosafá César.
A iniciativa de ampliar as ações para combater a doença se deu após o Ministério da Saúde divulgar o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes (Lira), realizado para mapear o risco de surto de dengue em 161 cidades do país.
Na pesquisa, foram analisados imóveis em 161 municípios brasileiros, entre capitais e municípios com mais de cem mil habitantes. O município de Epitaciolândia, por exemplo, apresenta um índice de infestação de 7%; e Rio Branco, 3,3% segundo o secretário de Saúde.
Pelos critérios da pesquisa, o índice abaixo de 1% é considerado satisfatório. Entre 1% e 4% por cento, é situação de alerta. Acima de 4%, há risco de surto de dengue. Portanto, Rio Branco está em situação de alerta, e Epitaciolândia corre o risco de surto a qualquer momento.
Jeosafá César informou que somente neste ano 611 casos da doença foram confirmados em Rio Branco, um aumento de 50% em relação ao ano passado, que registrou 306 ocorrências. Desse total, cinco pessoas foram vítimas de dengue hemorrágica (sem óbito).
Os resultados permitem a rápida tomada de decisão para o planejamento e a intensificação de ações de combate ao vetor da doença, as larvas do mosquito da dengue. Também serão elaboradas atividades de mobilização e de educação da população.
De acordo com Osvaldo Leal, vários planos e ações estão sendo desenvolvidos. Mas a previsão é que os militares iniciem os treinamentos na próxima semana. O curso durará, no máximo, dois dias e será fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde.
“Eles serão treinados a usar os produtos que são colocados nas caixas d’águas, a utilização da bomba que mata os mosquitos, além de se tornarem um disseminador de informações contra a dengue, pois orientar a população é fundamental”, disse o Osvaldo.
Ele acrescenta que ainda não houve a liberação do recurso de R$ 815 mil do Ministério da Saúde, anunciado recentemente, mas garante que até dezembro haverá a liberação do dinheiro. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) ficará com 50% do valor disponibilizado.
Ainda de acordo com o estudo, 37% das manifestações do mosquito se encontram na rede de abastecimento de água, 19% nas residências e nos locais de trabalho e 43% lixo e onde há resíduos sólidos.
“Sem a colaboração da população, a tendência é aumentar os casos da doença. Todos têm que unir para combater a dengue, isso é obrigação de todos”, ressaltou.
VÍRUS ENTRA POR COBIJA
O Secretário Estadual de Saúde ressalta que o alto índice de pessoas que contraíram a dengue no município de Epitaciolândia é causado por Cobija, Bolívia, por ser fronteira. Segundo ele, é normal que isso aconteça.
“O surto que houve em 2004, o vírus entrou por Cobija, por isso é natural que isso ocorra. Haverá um bloqueio de militares na fronteira também para tentar amenizar a situação”, ressaltou.
Em algumas regiões da Bolívia, o índice de infestação já está em 32%, e três casos de dengue hemorrágica já foram confirmados.
A Secretaria de Saúde de Epitaciolândia está fazendo um estudo para eliminar todos os criadouros. A Secretaria de Obras e a prefeitura trabalharão em conjunto. A situação na região é crítica, porque o município tem apenas dois carros. Um atende à zona rural e outro fica na cidade.
População facilita a proliferação das larvas
O governo do Estado do Acre e municípios trabalham para manter o espaço público limpo, mas a maioria da população não contribui para isso. Por causa disso, diversas doenças surgem, por exemplo, a dengue.
Mesmo o município de Rio Branco estando sob alerta para um novo surto de dengue, muitos materiais que acumulam água, como pneus, garrafas plásticas, barris, latas, caixas d’água e poços abertos, ainda são encontrados nos fundos de diversas residências.
De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica Municipal, Jeosafá César, em alguns bairros é possível identificar casas ou localidades com condições propícias para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O bairro Mocinha Magalhães, por exemplo, está com surto da dengue.
“Precisamos de mais cooperação da sociedade para combater a dengue. Não adianta os agentes de endemias visitarem as casas, orientarem e retirarem alguns recipientes que acumulam água sem a população conservar o espaço limpo. Deixar água acumulada é fatal para as larvas”, disse Jeosafá.
Ele explicou ainda que a região está começando a enfrentar um período de chuvas constantes, o que facilita mais o acúmulo de água em recipientes abandonados.
“Com a mudança de temperatura, o prazo era de 30 dias para o mosquito se desenvolver, agora, reduziu para 12 dias, por isso é perigoso. A sociedade tem que tomar consciência de participar do processo de limpeza”, explicou.
O campo de ação para cada mosquito é de cerca de 300 metros de foco, portanto, se existirem terrenos baldios próximos às residências, há risco de atingir os moradores.
O diretor acrescenta também que o Índice de Infestação por Aedes (Lira) está em 3,3% em Rio Branco, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera tolerável o máximo de 1%. (Ana Paula Batalha)
Epitaciolândia traça metas de ações
Após o pronunciamento do Ministério da Saúde onde apresentou um relatório à nível nacional, que mostra o município de Epitaciolândia entre os cinco do Estado do Acre em situação de risco para ocorrência de surto, o prefeito José Ronaldo reuniu-se com secretários e representante do Estado na manhã desta sexta-feira, dia21.
A reunião serviu para traçar metas de prevenção para tirar a cidade do estado de alerta. Tal trabalho será em conjunto com o Estado e os municípios que fazem fronteira com a cidade vizinha de Cobija, na Bolívia que tem um índice elevado de casos de dengue.
Segundo a responsável técnica pela Dengue no Estado, Maria A. Abreu de Moraes, já estão planejando um trabalho intensivo de combate ao mosquito. Com a chegada do período de chuvas na região, existe uma possibilidade de aumento no número de casos.
Com isso, tentarão evitar um possível surto ou epidemia na região de fronteira junto com os secretários do Município definindo responsabilidades juntos aos órgão. A preocupação no momento, fica por parte da população em realizar o trabalho preventivo dentro de sua própria casa.
Segundo o prefeito José Ronaldo, outro agravante fica por parte da cidade de Cobija, comentou que estará tentando entrar em contato com o Prefeito para que possam trabalhar em conjunto no combate ao mosquito da dengue.
AMAZONAS
Rodoviários decidem paralisar a partir do dia 1° de dezembro em Manaus
Trabalhadores do transporte coletivo de Manaus decidiram, durante assembléia realizada ontem (21), paralisar o serviço a partir do dia 1° de dezembro, caso não recebam a primeira parcela do 13° salário até o dia 30 de novembro, conforme prazo estipulado pela legislação trabalhista. As informações são do Diário do Amazonas.
O sindicato desistiu de fazer a paralisação deixando as catracas dos ônibus livres. O motivo da desistência, segundo o presidente do sindicato, Josildo Oliveira, é que o órgão está evitando receber processos. Oliveira informou que havia pensado em uma paralisação no último domingo (16), mas a diretoria do sindicato desistiu pelo mesmo motivo.
- Analisamos a situação e vimos que seríamos processados. Todos na diretoria do sindicato já têm processos -, afirma Oliveira.
Usuários
Caso a greve ocorra em dezembro, cerca de 700 mil usuários do serviço serão prejudicados, por dia. Oliveira disse que o sindicato irá fazer o que for preciso para garantir o direito dos trabalhadores. De acordo com o presidente, quem deve se preocupar com a população são os vereadores e o prefeito.
- Nós estamos preocupados com os rodoviários, porque são eles que pagam nossos salários -, afirmou.
O presidente informou ainda que caso haja a paralisação do sistema de transporte coletivo de Manaus, os funcionários ficarão nas garagens das empresas e não permitirão que os ônibus saiam dos locais.
RORAIMA
TJ pune juiz que usou Fórum ilegalmente
O Diário do Poder Judiciário (DPJ) de 19 de novembro publicou sentença em dois processos administrativos contra o juiz Arnon José Coelho Júnior, acusado de pedofilia. O magistrado foi condenado a 9,9 anos de prisão pelo envolvimento com uma adolescente de 13 anos e responde a cinco processos administrativos, entre eles, um por uso de dependências do Judiciário para uso de drogas e sedução de menores. Os processos correm em segredo de justiça.
Segundo a Assessoria de Comunicação do TJ, os desembargadores do Tribunal Pleno decidiram no processo administrativo disciplinar 010080099012 aplicar uma pena de censura ao juiz, pelo uso irregular de dependências do Fórum e por conduta repreensível na vida pública.
O Tribunal afirma que o juiz não cumpriu de forma correta o dever de magistrado ao usar de forma irregular as dependências do Fórum. A aplicação de pena de censura consta na Resolução 30 do TJ e é a segunda que pode ser aplicada a um juiz. Após ser censurado, o juiz ainda pode ter remoção compulsória, ficar em disponibilidade, ter aposentadoria compulsória ou ser demitido.
No mesmo DPJ, os desembargadores mandaram arquivar outro processo contra o juiz Arnon, em que ele respondia por não comparecer a nenhuma das audiências em que foi citado. Os desembargadores entenderam contrário à decisão do TJ e julgaram que a decisão de não comparecer às audiências era uma forma de defesa atípica e, portanto, não merecia repreensão. O processo foi arquivado.
O juiz Arnon José continua recebendo salário integral, embora não esteja exercendo a função. O artigo 8º da Resolução 30 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) diz que o salário do magistrado não pode ser mexido antes da decisão final. Arnon ingressou na magistratura em 03 de fevereiro de 2003. Tem 38 de idade - 25 a mais do que a menina vítima.
Condenado à pena de nove anos e nove meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do delito descrito no artigo 213 combinado com os artigos 224, "a" e 71, todos do Código Penal, o magistrado conseguiu junto ao Tribunal de Justiça de Roraima o direito de recorrer em liberdade.
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