Notícias da Região Norte - Acre, Amazonas e Roraima
Foto: Divulgação
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ACRE
Caso Abib Curi: Juruna chega hoje ao Acre
Genival da Silva, o ‘Juruna’, foi preso em Porto Velho, Rondônia e deveria ter chegado ao Estado ontem, mas não houve vaga no vôo. A chegada do acusado está marcada para hoje ao meio-dia. Com seu depoimento, a situação para os empresários mandantes do crime pode se complicar.
E Martini Martiniano de Oliveira concedeu entrevista coletiva na manhã de ontem na 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco. A condição dada pelo acusado foi somente responder perguntas relacionadas ao assassinato do médico Abib Curi. Martiniano estava acompanhado por seu advogado Mário Jorge Cruz.
A conversa aconteceu na sala de interrogatório vizinha ao gabinete da juíza Denise Castelo Bonfim e durou pouco mais de 20 minutos, mas o suficiente para o acusado fornecer detalhes preciosos sobre o caso. E um desses detalhes foi a revelação das quatro reuniões entre os empresários Pedro Lustosa e Luís Figueiredo e os outros acusados para a preparação do crime. Os detalhes são tão precisos que Martini lembrou ter tomado um cafezinho com Figueiredo dentro do antigo prédio da prefeitura de Rio Branco. “A gente se encontrava no coreto da praça. Eu, o Luis e o Patrick (Pedro)”, disse.
E esse detalhe serviu de refutação para a declaração dada pelos empresários acusados de serem os mandantes do crime, na qual diseram que não o conhecem e que não tiveram qualquer tipo de negócio com ele ou mesmo com Abib.
Sem suborno
Ele destacou que só está preso porque a polícia acreana mudou, senão estaria livre por meio de suborno. E sua colaboração com a justiça está condicionada à punição dos mandantes do crime, porque caso contrário, ele vai se matar dentro do presídio. “Estou falando a verdade, doa a quem doer. Eu não vou responder por um crime que eu não cometi sozinho”, alertou Martini.
Martini Martiniano afirmou ainda que não tinha nenhuma relação com Abib antes do crime, e só existiu, porque foi contratado para “investigar quem entrava e saia da casa dele durante uns 16 dias. Minha missão era fazer o levantamento de como poderia entrar lá dentro. Foi pra isso que fui contratado”, revelou.
E para executar esse serviço, o suspeito afirma ter recebido inicialmente R$ 5 para monitorar a casa de Abib Cury e ajudar os pistoleiros contratados pelo ‘Juruna’, no Maranhão, para roubar os comprovantes das dívidas. Mas com a morte do médico e ao descobrir que o crime era por motivo de dívidas altíssimas, ele passou a extorquir os dois empresários, tendo perdido as contas do dinheiro que lucrou com isso. Os dois pistoleiros contratados no Maranhão receberam R$ 12 mil, em pagamento à vista. “Durante quatro anos eles me deram dinheiro.
Quando não mandavam, eu vinha a Porto Velho e dizia quanto queria. O Patrick era quem levava a encomenda. O último pagamento foi de R$ 12 mil. Acho que recebi entre R$ 60 a R$ 80 mil”, disse.
Testemunhas
O principal acusado da morte de Abi Cury disse ainda existir testemunhas que vão provar em juízo as reuniões mantidas por ele e os dois empresários. “Esses encontros foram testemunhados por muitas pessoas. Elas vão provar em juízo o que eu estou falando”, prometeu.
Martini, durante a entrevista, quase pediu desculpas a juíza Denise Castelo Bonfim pelas acusações feitas à ela na imprensa paraibana, acusando-a de perseguição. “Achei até que a juíza, por eu ter uma família de prestigio e respeito, estar me perseguindo, mas quando eu cheguei aqui percebi que tudo era diferente, ela quer apenas fazer justiça. Estou colaborando e graças a Deus a minha família está segura”, desabafou.
Segundo Martini, não foi ele, mas sim, o empresário Pedro Lustosa, a quem chamou de Patrick, que abriu a porta de Abib Cury para os pistoleiros entrarem. “Ele ajudou a abrir a porta para entrar os dois pistoleiros que vieram lá do Maranhão. O Abib Cury era esperto, só entrava lá quem tinha negócios”, afirmou.
Ele disse ainda que a intenção não era matar o médico. “Se alguém provar que eu estou mentindo, se tiver uma bala no corpo dele eu dou a minha cara a bofete e quero que a justiça me condene a morte”, reafirmou.
Martiniano afirmou ainda que o dono da loja Patrick esteve na casa de Abib logo após a sua morte e foi dele a idéia de desaparecer com o corpo da vítima . “Quando eu fiquei sabendo do ataque cardíaco do Abib liguei para o Luís Figueiredo, depois o Patrick apareceu feito louco´, revela, acrescentou.
Segundo o acusado, Patrick deixou a casa levando consigo uma pilha de documentos, entre eles, notas fiscais, ações da Petrobrás e cheques. “Nós alimentamos os cachorros para que não fizessem barulhos e seguimos para dar sumiço ao corpo. Patrick sumiu com os documentos e a casa ficou aberta”, disse.
Notas de R$ 100
A polícia confirmou que os R$ 10 mil que estavam com Luiz Figueiredo foi sacado em uma agência do Banco do Brasil e estava todo em notas de R$ 100. Isso descarta a alegação da defesa de que o montante era resultado do fechamento do caixa de sua loja.
AMAZONAS
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RORAIMA
Um dos condenados é Erivan da Costa. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, ele abusava da adolescente dentro de casa, na cama do casal, por um período de oito meses. Em depoimento, a menina contou ao juiz que era estuprada sempre que o pai voltava do trabalho, aproveitando que sua mãe havia saído para trabalhar.
Ela contou ainda que por diversas vezes tentou contar à irmã mais velha, que também sofreu tentativa de abuso, mas o pai nunca a deixava só e a ameaçava para ficar em silêncio.
O relacionamento sexual com a filha, segundo a ação, se tornou tão freqüente que passou a incomodar os vizinhos, que denunciaram o caso, dando início à investigação preliminar para constatar a veracidade dos fatos.
O segundo acusado, em processo diferente, é José Rodrigues de Sousa. Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, desde o ano de 1999 até o ano de 2003, sem datas e horários precisos, o indiciado, visando à satisfação de seus desejos sexuais, utilizando-se de grave ameaça, constrangia a vítima, sua própria filha, à conjunção carnal.
Narram os autos que a criança, tendo em vista a separação de seus pais, passou a residir desde os três anos de idade com o pai, sendo que, desde os seus sete anos começou a ser violentada pelo denunciado, embora reclamasse das dores e pedisse para que ele não a violentasse.
Os dois foram condenados a 21 anos de prisão pelos crimes de estupro, combinado com artigo 224, alíneas “a” (violência contra vítima não maior de 14 anos de idade), com a incidência do artigo 226, inciso II, (o agente é pai da vítima), ambos do Código Penal Brasileiro, combinado ainda com o artigo 9° da Lei Federal n° 8.072/90.
Eles estão presos e devem cumprir a pena em regime fechado.
Atentado violento ao pudor
O juiz Jarbas Lacerda de Miranda também condenou Vezanildon Oliveira da Silva por abuso sexual. O crime, no entanto, foi o de atentado violento ao pudor.
De acordo com o Ministério Público Estadual, no dia 27 de outubro de 2007, por volta das 5h50, o acusado, de forma livre e consciente, buscando satisfazer sua lascívia, com emprego de arma branca, tentou estuprar a vítima, que estava dormindo em sua casa, no bairro 13 de Setembro. A adolescente era vizinha do acusado. Ele arrombou a porta da casa dela. Ela conseguiu fugir até a casa de outra vizinha, que chamou a polícia.
Vezanildon foi condenado a sete anos e três meses de reclusão. Ele também está preso.
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