Municípios pedem ajuda do estado para complementar fundo de atenção básica da saúde

Municípios pedem ajuda do estado para complementar fundo de atenção básica da saúde

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Foto: Divulgação

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Reduzir as despesas de custo para as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), através de uma parceria com o Estado é atualmente um dos principais objetivos do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosemes). Afonso Emerick, presidente do Cosemes, afirmou que atualmente os municípios de Rondônia gastam em média ,até R$ 25 mil por equipe de PSF. Desse total o Ministério da Saúde faz um repasse de R$ 8,1 mil por cada equipe. O presidente e os demais membros do conselho, acredita que o estado deve fazer parceria ajudando na manutenção dos serviços básicos de saúde, pois essa atenção especial serve como prevenção às doenças. “Esse serviço tem como objetivo combater o sintoma antes que ele vire um problema de saúde, e dessa forma diminuir o fluxo em hospitais e ambulatórios”. Paulo Roberto Espíndola Travassos, vice-presidente do Cosemes, complementa dizendo que é muito difícil para um secretário municipal conseguir arcar com a diferença do custo. “Temos que ser verdadeiros artistas para conseguir administrar os parcos recursos que dispomos em nossas secretarias”.
GESTÃO BIPARTITE
Afonso Emerick afirmou que há mais de um ano o Cosemes está em negociações, com o secretário de estado da Saúde, Miltom Moreira, para a aprovação de uma proposta de parceria entre estado e municípios (Gestão Bipartite). Na proposta, o estado entra com uma contra partida que varia de acordo com o número de habitantes. Quanto maior a população menor a ajuda do governo. Os mais beneficiados seriam aqueles que têm até 10 mil habitantes. Nestes casos a contra partida do governo estadual seria de R$ 4.050 mil por equipe de PSF. Já para os municípios que têm mais de 50 mil habitantes, o valor chega a R$ 1.620 por equipe. “Se conseguíssemos aprovar esse projeto, poderíamos trabalhar mais tranqüilos e conseguir diminuir ainda mais os índices de internações e permanências em hospitais dos nossos munícipes”, afirma Emerick. De acordo com o secretário Miltom Moreira, o projeto está em estudo pela Comissão Intergestora Bipartite(CIB), e se for aprovado este ano, deve entrar no Pacto de Gestão que acontece em setembro. “O assunto está sendo bastante debatido em seus diversos pontos pela Comissão. Se aprovado, certamente fortalecerá as ações preventivas de saúde básica no estado contribuindo para a redução no atendimento de alta e média complexidade nos hospital públicos, e isso é uma meta da Sesau ”, afirmou o secretário.
REDUÇÃO ÍNDICES
Levantamentos realizados por várias secretarias municipais de saúde, mostram que o investimento na prevenção das doenças dá resultado. De acordo com Emerick, em média no ano de 2006, aqueles municípios que trabalharam com afinco com suas equipes do PSF chegaram a apresentar redução em torno de 30% nas internações em hospitais. “Para comparar, no nosso município de Cacaulândia, em 2004 tivemos uma média de 10 pacientes/dia nos hospitais; em 2005 o índice chegou entre 6 a 8; e em 2006 de 3 a 5 pacientes/dia”, afirmou Paulo Travassos.
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