Ribeirinhos pedem socorro - Por Valdemir Caldas

Da Redação

03 de Junho de 2008 às 12:13

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Ribeirinhos pedem socorro - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Justo reclamo do internauta “Sergio Ribeirinho” quando diz que não são apenas os distritos de Porto Velho que foram abandonados pelo prefeito “Roberto Sobrinho”. As comunidades ribeirinhas, instaladas às margens do rio Madeira, também padecem com a incúria da administração petista. Em algumas localidades, sobretudo nas linhas C-01, Amparo, Silveira, São Miguel, Mutuns, São José, Bom Jardins e Itacuam (todas situadas à margem esquerda do rio), a atividade agrícola vem sofrendo prejuízos de monta, por conta da irresponsabilidade do atual governo, que, segundo ele, em vez de ajudar, até agora, só atrapalhou os interesses dos produtores.. O projeto para ligar comunidades à BR 319 e, conseqüentemente, à cidade de Porto Velho, ainda não saiu do papel. A Secretaria Municipal de Agricultura (cuja titular foi indicada pelo deputado estadual Ribamar Araújo, que anda muito calado, nem parecendo o vereador de antanho, que deitava o relho nos costados no então prefeito Carlinhos Camurça) ainda não disse a que veio. No máximo, o que fez foi transformar uma antiga estrada numa pocilga. Ou seja, o que era ruim, ficou pior. Hoje, os colonos não conseguem sequer chegar aos seus lotes. Agora, as famílias afetadas vêm-se mobilizando, procurando sensibilizar as autoridades competentes, com vistas à superação dos inúmeros problemas que as afligem – sem qualquer sombra de dúvida, dos mais graves que elas e tantas outras comunidades vêm enfrentando. De acordo com Sérgio, a Semagric prometeu mudar a paisagem do local, com a abertura de novas estradas, mas não disse quando. Desgraçadamente, a incompetência tem sido a marca registrada dessa administração, com as devidas exceções. Enquanto proliferam os cargos comissionados, produtores rurais ainda vivem no período paleolítico, sem água tratada, estradas para escoar a produção, energia elétrica e apoio agrícola. São pessoas simples, batalhadoras, que sobrevivem do que conseguem produzir, mas que, infelizmente, foram entregues à sua própria desdita pelo poder público municipal. Manda o mais comezinho princípio de justiça que se procure, primeiro, resolver os problemas que nos afetam e comprometem nosso próprio futuro, antes que gestos de indiscutível ambigüidade tenham lugar. A propaganda oficial é um embuste, que só convence neófitos e bajuladores. Como concorrer para colocar a capital no patamar de seus melhores triunfos, quando se é incapaz de resolver pequenos problemas, como, por exemplo, a simples reabertura de uma vicinal. Acorda prefeito, antes que a vaca vá para o brejo. As autoridades municipais não podem perder de vista essa realidade, sob pena de, amanhã, serem acusadas de coniventes com decisões que só aparentemente vêm cercadas de sadio preceito moral, qual seja, a solidariedade humana.

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