"A fronteira do Norte do Brasil é vulnerável ao tráfico de drogas". A afirmação é do assessor militar do Departamento de Política e Estratégia do Ministério da Defesa, coronel Gustavo de Souza Abreu, que reconheceu nesta terça-feira (29), o fato, na audiência da Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados, sobre os problemas de vigilância e defesa da região.
Ele explicou que as Forças Armadas atuam em cooperação com outros órgãos para combater esses crimes, pois a atividade policial não é atribuição do Exército, da Marinha nem da Aeronáutica. O assessor militar reconheceu que o contigente militar que atua na Amazônia não é suficiente para proteger a região, mas se disse otimista com o aumento no número de militares nos últimos anos.
Há cerca de 20 anos, o contigente era de menos de 5 mil homens. Hoje, estamos com cerca de 25 mil. É possível haver um aumento nos próximos anos com a implantação de um plano nacional de defesa (previsto para setembro), disse.
Pouca presença
Abreu deu as informações em resposta ao deputado Francisco Praciano (PT/AM), que lamentou a pouca presença do Estado na Região Amazônica. O militar lembrou, no entanto, que as Forças Armadas não desenvolvem atividades policiais e que os pelotões de fronteira têm a função de alertar para perigos. “Os pelotões de fronteira são como uma campainha. Sua função não é deter, é vigiar”, disse.
Guerrilha
Gustavo Abreu reconheceu também a possibilidade de transbordamento da narcoguerrilha colombiana para o Brasil. Mesmo assim, segundo ele, as Forças Armadas estão tranqüilas, pois o Brasil leva vantagem nas operações militares.
Podemos não ter fuzis modernos, mas nosso homem é extremamente bem preparado, afirmou.
Ele descartou a existência de inimigos externos que representem ameaça para o Brasil. A hipótese, para ele, é pouco provável, em razão das boas relações do País com as nações vizinhas.
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