O processo que discute a dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron) será reconstituído no Senado Federal. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Aloízio Mercadante (PT/SP), decidiu hoje acatar a solicitação do senador Expedito Júnior (PR/RO) para que fosse reconstituído o documento enviado pelo governador Ivo Cassol, em abril de 2003. A proposta foi publicada no Diário do Senado e teve como relator o senador Romero Jucá (PMDB/RR). Em seguida, deveria ser apreciada na Comissão de Assuntos Econômicos. Mas desapareceu no gabinete de Jucá, em 2004.
O documento submete à apreciação da Casa o termo aditivo do contrato de abertura de crédito de compra e venda de ativos, realizado em 12 de fevereiro de 1998, entre a União, o Estado de Rondônia, o Beron e o Rondônia Crédito Imobiliário.
Durante a discussão na Comissão, o senador Expedito Júnior citou que a dívida do Beron, inicialmente de R$ 40 milhões, passou para quase R$ 600 milhões nos quatro anos de intervenção do Banco Central. “Queremos dar a César o que é de César. Não queremos privilégios. Se houver responsabilidade do Estado, que o governo arque na mesma proporção”, disse Expedito Júnior. Para o senador, há sim a responsabilidade da União no caso. “O Banco Central entrou para sanear a dívida, mas o que ele fez foi aumentá-la”, comentou.
O senador elogiou a decisão de Mercadante de reconstituir o processo que discute a dívida do Beron e agradeceu o apoio que o parlamentar tem dado aos assuntos de Rondônia. Expedito Júnior pediu que fosse designado logo um relator.
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