Poucos minutos depois que a reportagem sobre uma suposta agressão cometida pelo secretário municipal de Saúde do Município de Vilhena foi veiculada pela mídia eletrônica, Ângelo Mariano Donadon Junior procurou a reportagem para apresentar sua versão dos fatos. *De acordo com ele, em momento algum houve agressão a qualquer funcionário da companhia aérea no dia 23, “e sim uma sucessão de erros dos responsáveis pelo vôo numa situação de emergência, a qual gerou pânico em dezenas de pessoas”. *Junior Donadon afirma que não bateu em aeromoça alguma. “Apenas quis, assim como os demais passageiros, abandonar o avião rapidamente, pois acreditávamos que ocorreria uma explosão”, afirmou.
*Segundo o secretário, ele embarcou na aeronave e momentos antes da decolagem observou que na turbina do lado direito do aparelho havia um vazamento de gasolina. O avião já estava na cabeceira da pista, começando o procedimento de decolagem, quando houve um forte estrondo no motor em questão. Diante disso, o comandante afirmou que retornaria ao setor de manutenção do aeroporto para verificar o que estava ocorrendo. “Só que quando estávamos retornando, a houve outro barulho e o motor voltou a funcionar, só que não estava fazendo o barulho normal”, relatou. O piloto teria então mudado de idéia e resolvido tentar a decolagem. *Em seguida, Junior garante que a turbina começou a pegar fogo, e que houve pânico dentro da aeronave. “Mas acredito que nem o piloto e nem as comissárias de bordo tinham noção do que estava ocorrendo, pois a aeronave continuava se dirigindo a cabeceira da pista”, conta Donadon.
Com dezenas de pessoas em pânico, os responsáveis pelo vôo resolveram abortar de vez a decolagem, e o avião voltou ao local de embarque de passageiros. *“Nesta hora houve uma correria, pois todos, inclusive eu, queríamos deixar a aparelho o mais rápido possível”, argumentou. Ele garantiu que em momento algum houve manifestação isolada da parte dele, e refutou as acusações de que teria agredido funcionários da empresa.
*Ângelo Mariano disse ter entrado em contato com a Polícia Federal de Vilhena, e que foi informado que não há procedimento algum contra ele, contrariando informação recebida ontem pela reportagem. *Sobre o fato do departamento Jurídico da companhia aérea ter informado à reportagem que o comandante e duas aeromoças prestaram depoimento na delegacia local da PF acerca do ocorrido, Junior disse que deve ser procedimento de rotina, mas voltou a afirmar que em nenhum momento cometeu ação isolada contra os funcionários da Trip. “Houve pânico generalizado, e um certo tumulto, que não foi provocado por mim, e sim pela irresponsabilidade do piloto, que insistiu em tentar uma decolagem com uma aeronave em chamas”, encerrou.