Embaixador do Irã ministra palestra para os Estagiários da Adesg em Rondônia e critica EUA
*Em visita a Rondônia o embaixador da República Islâmica do Irã
no Brasil Syed Jasar Hashemi, que apesar de contar com uma agenda corrida,
no dia 24 nov, às 20h30, prestigiou os Estagiários do 7° CEPE, da ADESG, com
uma palestra, a qual foi abordado diversos temas relacionados ao seu país.
*Entre o Mar Cáspio e o Golfo Pérsico, a República Islâmica do Irã é um país
com mais de 68 milhões de habitantes, o segundo maior produtor de petróleo
do mundo, possuidor de amplo quadro de costumes, a maioria do povo
iraniano é de origem persa, ou mais precisamente, ariana e a língua oficial
do povo iraniano é o "Farsi", idioma persa. O embaixador demonstrou, em sua
explanação, admiração pelo Brasil e, em especial, ao seu povo,
considerando-o de uma sabedoria e maturidade admirável, pois Brasil mantém,
apesar dos vastos espaços fronteiriços, paz com os seus vizinhos.
*Hashemi ressaltou os prejuízos que a guerra com o Iraque trouxe ao seu país,
especificando o problema social que ora enfrenta com as vitimas da guerra,
tais como órfãos que tiveram seus pais mortos em batalha, às pessoas
deformadas e doentes pela guerra química, além de vastos prejuízos
financeiros decorrente da reconstrução do Irã.
*Questionado quanto ao tratamento dado às mulheres pelos mulçumanos, ele
esclareceu que em seu país as mulheres são ativas, tanto que 64% dos alunos
que entraram nas universidades neste ano são do sexo feminino e que na
política são comuns elas serem eleitas para o parlamento e prefeituras,
exemplificando a eleição de uma mulher para a vice-presidência do seu país.
*Hashemi esclareceu, ainda, o seu interesse em ampliar as relações culturais
e comerciais entre o Brasil e Irã e se mostrou especialmente interessado
sobre as potencialidades do estado de Rondônia, no que diz respeito a
produtos que podem ser exportados para aquele país.
*Ao concluir, o embaixador Syed Jasar Hashemi, criticou a permanência dos
Estados Unidos no Iraque afirmando: "ao contrário do que os
nortes-americanos divulgam, nós somos um país de paz".