O professor Celso Ferrarezi Junior está denunciando na internet um crime arqueológico que está em andamento. Entre tantas outras conseqüências possíveis da construção das Usinas de FURNAS no Rio Madeira, uma das que devem ser reavaliadas é o prejuízo ao patrimônio arqueológico presente na Cachoeira do Pau Grande, no vale do Rio Mamoré.
A aproximadamente 15 km do Distrito do Iata, indo-se pelo rio Mamoré, a cachoeira do Pau Grande (aproximadamente 10º28’06”S, 65º25’32” O, a 125m de altitude) contém pedras com inscrições rupestres antiqüíssimas, de valor arqueológico ainda não totalmente avaliado, que precisam ser preservadas.
O problema é que essas pedras ficam submersas por cerca de 8 meses por ano, estando visíveis apenas nos quatro meses do auge da estação seca. Com a construção das Usinas do Rio Madeira, e a conseqüente manutenção do vale dos Rios Madeira e Mamoré permanentemente inundado, as pedras não ficarão nunca mais visíveis. Some-se a isso que as águas desses rios no período da cheia são totalmente barrentas, e nenhuma possibilidade real de trabalho arqueológico posterior será possível. O patrimônio estará quase que invariavelmente perdido.
De acordo com Ferrarezi, algo precisa ser feito, e logo, haja vista que a previsão da inundação do vale é para 2009-2010.
No site http//www.iconegames.com/pedras foram disponibilizadas fotos da Cachoeira do Pau Grande no período da seca, de suas belas formações rochosas e das pedras com inscrições.
No sitio eletrônico você pode também se cadastrar para ajudar na preservação desse material histórico.
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