Marcos Valério diz que financiar partidos políticos nas eleições é prática usual das empresas de publicidade

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Foto: Divulgação

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*Ao depor na Comissão Parlamentar Mista do Mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse que "Delúbio Soares e José Dirceu destruíram sua vida pessoal e empresarial". Ele admitiu ter incorrido em erros, mas não reconheceu ter cometido crimes, porque "financiar partidos políticos, em especial durante as campanhas eleitorais, é prática usual das empresas de publicidade". *- Não morro de amores pelo ex-ministro José Dirceu. Concordo em gênero, número e grau com quem afirma que ele é prepotente. Mas, como ministro da Casa Civil, ele representava o aval superior de que eu precisava para garantir que os empréstimos feitos por minhas empresas seriam devidamente pagos - disse. *Marcos Valério confirmou ter feito seis empréstimos, a partir de 2003, junto ao Banco Rural e ao BMG, no valor de R$ 55 milhões, que repassou integralmente ao tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Segundo ele, o partido lhe deve, em valores corrigidos, R$ 100 milhões, que ele pretende reaver, segundo afirmou, mesmo que tenha que recorrer à Justiça. Respondendo ao relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), Marcos Valério disse que aceitou fazer esses empréstimos vultosos destinados a uma pessoa sem renda ou patrimônio como Delúbio Soares, porque ele lhe garantiu ter "aval superior" do ex-ministro José Dirceu. *Arrecadação milionária *Segundo Marcos Valério, Delúbio Soares lhe demonstrou que o PT tinha arrecadação anual da ordem de R$ 50 milhões que "deveria aumentar muito, agora que o PT estava no governo". O empresário disse que o tesoureiro do PT lhe garantiu que o dinheiro se destinava a pagar dívidas atrasadas de campanha, e até mesmo despesas da festa da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. *Marcos Valério fez questão de dizer que não participou das campanhas eleitorais de 2002 e somente iniciou suas tratativas com o PT, em 2003. Ele admitiu, porém, ter participado da campanha do PSDB de Minas Gerais, nas eleições de 1998. *- Na verdade, recebi um "cano" do partido que não me pagou os empréstimos que fiz para o tesoureiro Cláudio Mourão. Fiz um acerto com o Banco Rural, paguei parte em dinheiro e parte com propaganda feita para o Banco. Ao todo, R$ 9 milhões, corrigidos - disse. *Marcos Valério afirmou que preferiu não cobrar a dívida do PSDB porque o partido detinha o governo estadual de Minas Gerais e o governo federal e ele não queria ver prejudicados os contratos de publicidade que tinha na Eletronorte, no Banco do Brasil, e nos Ministérios do Trabalho e dos Esportes. Ele explicou que, por meio de aditivos, esse contratos foram prorrogados no governo Lula. *O empresário divulgou as listas de repasses que fez tanto para o PSDB, em 1998, quanto para o PT em 2003 e 2004, mas negou ter feito repasses para ministros ou presidentes da República de qualquer um dos dois governos. *Marcos Valério disse que não considera "corruptos ou ladrões", os deputados a quem repassou dinheiro, a mando dos tesoureiros dos partidos, como José Borba (PMDB), Eunício Oliveira (PMDB) e Paulo Rocha (PT). Ele disse estar convicto de que esse dinheiro se destinava a pagar dívidas de campanha, não "para colocar no bolso".
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