O Dia do Índio sem Apoena Meireles - Por Géri Anderson
Foto: Divulgação
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O assassino? Até hoje não se tem notícia do paradeiro. Um menor amparado pelas leis de infância e juventude, simplesmente bateu asas e voou das garras de quem o amparou.
Apoena, se estivesse vivo hoje poderia estar em Brasília ou em qualquer lugar do mundo lutando pelos direitos, pelas causas, contra as invasões de terras indígenas que ocorrem diariamente promovidas por latifundiários e exploradores da floresta.
É companheiros, mas a realidade é bem diferente. Se você fizer uma consulta na mídia rondoniense poderá constatar que ninguém lembra mais quem foi esse tal sertanista e indigenista. A imprensa, hoje, não se deu ao luxo de pautar o assunto. Prefere bater em políticos corruptos para depois passar a mão em um gesto de afago financeiro.
Triste daqueles que tiveram que sair de seu habitat, migrar, morrer e matar para defender seu território. Alguns nas cidades contribuíram para inchaço dos centros urbanos, outros continuaram em suas terras, mas servindo apenas de adubo para pastos de gado e plantações de soja.
Os poucos que sobreviveram, anseiam por ajuda da Funai ou Funasa. E continuam morrendo. O homem branco, ?civilizado?, como acredita, tem a cara pálida e sem vergonha, que prefere fingir não ver o genocídio de uma raça, de um povo, em prol do bem estar, de estar vivendo em paz, sem flechas e arcos.
Vão extinguir nossos índios. Enquanto isso, de onde quer que esteja, Apoena Meireles observa a sua tribo morrer, só que agora, como nós, não pode mais fazer nada.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!