Comissão Pastoral da Terra diz que mais de 100 pessoas morreram em conflitos agrários em dois anos
Foto: Divulgação
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*Canuto disse que o assassinato da irmã Dorothy, que era integrante da CPT, não deve ficar impune, mas ressaltou que isso não muda nada. "Por trás da violência, está a falta da reforma agrária", afirmou. Para ele, "é necessário que o governo faça mudanças estruturais". Americana naturalizada brasileira, irmã Dorothy foi morta a tiros no último sábado (12), no município de Anapu, no Pará.
*Dom Tomás Balduíno, também da CPT, disse que o governo precisa combater o latifúndio e dar atenção à população do local que busca terra para trabalhar e viver. "Essa busca da terra de viver e trabalhar, não é gente que procura enriquecer-se, mas sobreviver. E eles são uma economia forte para o país", afirmou Dom Tomás.
*Para ele, o plano de desenvolvimento sustentável do governo é um grande fracasso. "A sustentabilidade é só um nome. Na verdade, o que estamos vendo é só a devastação da mata para plantar capim. A decapitação das madeiras nobres em vista da exportação para uma freguesia cativa", acrescentou. Na opinião de Dom Tomás, o governo precisa ter instrumentos enérgicos para combater os conflitos agrários no Pará.
*Dados do relatório "Pará: Estado de conflito", elaborado pelaa organização não-governamental Greenpeace, mostram que o estado apresenta o maior índice de assassinatos ligados à disputa de terras. Segundo o relatório, de 1985 a 2001, quase 40% das 1.237 mortes de trabalhadores rurais no Brasil foram registradas no Pará.
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