Laboratório na Suíça fará antidoping da Copa

Brasil fará parceria com o Laboratório de Análises de Lausanne

Laboratório na Suíça fará antidoping da Copa

Foto: Divulgação

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O Brasil fará parceria com o Laboratório de Análises de Lausanne, na Suíça, para realizar parte dos testes antidoping previstos para a Copa.

Ficará a cargo dos europeus processar as análises de sangue dos atletas que disputarem o Mundial. O laboratório também vai mapear os passaportes biológicos (perfis sanguíneos) dos jogadores, uma exigência da Fifa.

Lausanne já foi parceira da entidade e do COL (Comitê Organizador Local da Copa) na Copa das Confederações.

Ainda não se definiu se os suíços montarão base no país ou se exames colhidos na Copa serão enviados à Europa.

A Fifa não respondeu à Folha quem arcará com custos e quantos testes serão feitos.

Porém, o regulamento da Copa diz que todas as despesas de controles devem ser bancadas pela Fifa, que terá orçamento de US$ 2,5 milhões para o antidoping em 2014.

A Fifa diz que a opção foi tomada após reunião com a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), órgão federal, e o COL.

As autoridades se viram obrigadas a recorrer à parceria quando o Ladetec, no Rio, perdeu a credencial da Wada (Agência Mundial Antidoping), em agosto. Só instalações certificadas pela Wada podem fazer testes em eventos como Copa e Olimpíada.

Lausanne é pioneiro no sistema de passaporte biológico. Para a Copa das Confederações, a Fifa colheu amostras de sangue dos jogadores das oito seleções e enviou ao laboratório. Um taitiano, que não teve o nome nem a substância divulgados, foi flagrado por causa do método.

Para a Copa, o mesmo será feito nas 32 seleções.

Os exames de urina do Mundial não serão feitos em parceria com Lausanne. Deve ser montado um laboratório de emergência no Rio.

LIGAÇÕES PERIGOSAS

Apesar de todas as credenciais, um escândalo respingou no laboratório europeu. Seu diretor, Martial Saugy, foi acusado pela Agência Antidoping dos EUA de ter ensinado Lance Armstrong a não ser pego com o hormônio EPO (eritropoietina), que aumenta a oxigenação do sangue, no início dos anos 2000.

O ex-ciclista foi banido após a revelação de dossiê que o implicou em rede de doping. Saugy, à época, confirmou o encontro, mas disse que foi a pedido da União Ciclística Internacional.

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