A diretoria do VEC tentou até o último minuto uma parceria com a Prefeitura de Vilhena para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, mas foi obrigada a romper e vai disputar o campeonato protestando.
Foi o que decidiu o presidente do clube, José Carlos Dalanhol, no final da tarde de quarta-feira, quando ficou esperando por horas no gabinete do prefeito, José Rover, e foi avisado por uma secretária que o prefeito não queria conversar e mandou antecipar que não iria apoiar a equipe.
A decisão de Rover caiu como uma bomba nos meios esportivos de Vilhena e o clima ficou ainda pior do que já estava.
Como protesto a diretoria decidiu retirar dos uniformes o nome da Prefeitura de Vilhena e no lugar vai estampar uma frase de protesto que levará a todos os estádios por onde passar. A diretoria também mandará confeccionar faixas que serão utilizadas na entrada dos jogadores nos estádios em que atuar.
A primeira medida tomada ontem pela diretoria foi a retirada do técnico Oscar Conrado do hotel do prefeito da cidade.
Briga
Mas a encrenca não termina por aí. A diretoria deverá protocolar no Ministério público um pedido de investigação do pagamento do transporte utilizado entre o CT e o estádio na realização dos treinos durante o campeonato do ano passado. Há fortes suspeitas de que o transporte utilizado foi superfaturado, já que entre ida e volta do CT e o Estádio Municipal, a distância não ultrapassa a 10 quilômetros diários.
Já a assessoria do prefeito culpa o comportamento do presidente do Lobo do Cerrado pela decisão em não apoiar a equipe. Segundo informações repassadas ontem à imprensa pela assessoria de imprensa, Rover teria sido ofendido publicamente pelo presidente do VEC durante uma viagem à Brasília. O prefeito não gostou das insinuações do presidente e decidiu se retirar.
Dalanhol nega qualquer tipo de ataque ao prefeito e prometeu prestar conta à população da ajuda que Rover deu para o campeonato, se limitando apenas em acompanhar os diretores na busca de parceiros, alguns quilos de carne e um ônibus para o transporte dos jogadores até os locais de treinos, nada mais além disso.
A prefeitura de Vilhena não fez nenhum repasse ao VEC nos últimos dois anos, enquanto nas administrações passadas o clube recebeu significativa ajuda financeira. Rover alega que não repassou por orientação do Ministério Público, mas não soube responder por que a mesma lei que vale aqui vale em outros municípios e em Rolim de Moura, Ariquemes e Espigão do Oeste as prefeituras apoiaram financeiramente seus clubes.
Para os dirigentes, Rover está sendo influenciado por um bando de assessores que sequer conhecem onde fica o estádio Municipal Portal da Amazônia, ou seja, são contra o esporte.