Quem nunca precisou conversar com Deus? E com o Diabo, alguém quer?
Foto: Divulgação
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Em tempos pandêmicos em que você vai dormir e acorda com a sensação de que 2020 não existiu, e que estamos vivendo um pesadelo sem fim, a leitura do livro o “Diabo e o Filósofo - Muito além do Crer” acalma a alma!
A primeira obra do autor Cristiano C.Gomes, que é psicanalista, professor de Filosofia, máster em Coaching e pastor - isso mesmo, pastor, traz já na introdução a leveza do que será a narrativa.
Apesar do título ousado para um evangélico ou ateu, ou católico, a mistura da filosofia com a religião vem justificada: “Essa é uma história de um jovem filósofo que teve uma conversa com o Diabo, só isso. Não é um tratado filosófico sobre o entendimento humano ou a verdade, longe disso. No dialogo, são abordados os seguintes assuntos: o livre-arbítrio, a fé, a razão, o bem e o mal e outros”...
Cordel da Filosofia
A história da criação da palavra filosofia é atribuída a Pitágoras. Segundo a tradição, esse que é um dos primeiros filósofos teria criado o termo para ressaltar que a sabedoria plena seria atributo apenas dos deuses. “Os homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos”.
E não é à toa, que a classificação do Diabo e o Filósofo vem primeiro como Filosofia, depois Psicanálise e por último Desenvolvimento pessoal. Todavia, não se assustem com a temática acadêmica, o autor conseguiu fazê-la compreensível para todo tipo de leitor!
Ao ler as primeiras páginas recordei da literatura de cordel, aquela tradicional do nordeste em folhetos pequenos com capas de xilogravura que ficavam pendurados em barbantes ou cordas nos comércios, resultando daí a denominação: cordel!
A narrativa é rápida com diálogos ora curtos, ora longos, mas com clareza textual. O leitor imerge na estória rapidamente, sem esforço.
E é claro que essa foi uma influência recebida na infância do autor, neto e filho de cearenses que vieram para o norte brasileiro. Cristiano nasceu em Alenquer , no Pará, mas reside em Porto Velho, capital de Rondônia desde os três anos. É um rondoniano, como dizem!
O Diabo, o Filósofo e o amigo...
Em sete dias finalizei a leitura das 191 páginas do “Diabo e o Filósofo”. Já adianto que sou leitora voraz, mas a edição limpa com letra do tamanho mediano da editora Autografia, não cansa a visão.
Confesso que em alguns momentos eu até fiquei sensibilizada com as “dificuldades existenciais” do Diabo. Vamos dizer que ele tem lá os seus motivos e os defende bem em um dialogo que na verdade está mais para um colóquio! Afinal, o filósofo não conversa sozinho com o Diabo, Deus nos livre de enfrentar o “coisa ruim” sozinhos, né!
O óbvio seria convidar um colega religioso para driblar as artimanhas do Diabo, entretanto, o filósofo - vamos dizer sem opção – leva um amigo que em muitos momentos deixa os protagonistas como coadjuvantes...
Confesso que nas vinte primeiras páginas, a escritora Vida surgiu e pensou: Enaiviv precisa encontrar esse filósofo, afinal ela conversa com Sued ele com o Diabo...
Posso reafirmar com segurança, em tempos de pandemia ler é uma distração necessária. A leitura acalma a alma!
O Diabo e o Filósofo - Muito além do crer é dessas leituras que você sorri enquanto lê e o riso, já sabemos, é contagioso! Que nesse momento de enfrentamento da Covid-19 façamos do sorriso um anticorpo também! Eu já fiz!
Viviane V. Paes é jornalista em Porto Velho/RO
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