Rondônia está entre os estados com os maiores percentuais de pessoas vivendo em união conjugal, segundo dados do Censo 2022. No Brasil, 51,3% da população de 10 anos ou mais vivia em algum tipo de união, contra 50,1% em 2010 e 49,5% em 2000. O levantamento mostra ainda que as uniões consensuais — sem registro civil ou religioso — cresceram e se tornaram o tipo de relação mais comum, passando de 28,6% em 2000 para 38,9% em 2022. Já os casamentos civis e religiosos caíram de 49,4% para 37,9%.
O Censo também revela mudanças no perfil conjugal brasileiro: aumentou o número de pessoas que já viveram, mas não vivem mais em união (de 11,9% para 18,6%) e caiu a proporção dos que nunca tiveram um relacionamento conjugal (de 38,6% para 30,1%). Rondônia segue a tendência nacional, com destaque para o crescimento das uniões consensuais e para o fortalecimento da vida em casal no estado.
Entre os estados, em 2022, Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%) tinham os maiores percentuais de pessoas vivendo em união conjugal, enquanto Amapá (47,1%), Distrito Federal (47,7%) e Amazonas (48,1%) tinham os menores.
União conjugal é a relação de vida entre duas pessoas que se unem para constituir família, sendo sinônimo de casamento ou, em um sentido mais amplo, de uma união estável. Essa relação implica direitos e deveres recíprocos e pode ser formalizada legalmente através do casamento, ou configurada através da convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de formar um núcleo familiar, conforme acontece na união estável.
Famílias brasileiras mudam de perfil
Pela primeira vez, o número de brasileiros que vivem em uniões consensuais — sem casamento religioso ou civil — superou o de casados oficialmente. Segundo o Censo 2022 do IBGE, 38,9% das uniões conjugais são desse tipo, o que representa 35,1 milhões de pessoas. Em 2000, essa proporção era de 28,6%.
O levantamento também revela outra mudança histórica: casais com filhos deixaram de ser maioria entre as 61,2 milhões de famílias brasileiras. Em 2000, representavam 63,6%; em 2022, caíram para 45,4%.
Por outro lado, os casais sem filhos quase dobraram em duas décadas — de 14,9% em 2000 para 26,9% em 2022 —, mostrando uma transformação nos modelos familiares e nas dinâmicas sociais do país.