A Alemanha iniciou testes com baratas “bio-híbridas” equipadas com inteligência artificial, desenvolvidas para atuar em missões de espionagem, coleta de dados e operações militares de alta complexidade. A tecnologia, ainda experimental, é liderada por startups alemãs como a Swarm Biotactics, que buscam posicionar o país na vanguarda da defesa europeia.
As chamadas baratas bio-híbridas combinam insetos reais com dispositivos tecnológicos minúsculos. Cada unidade recebe microchips, sensores térmicos e módulos sem fio, permitindo que sejam controladas remotamente ou programadas com autonomia parcial algo que as diferencia de robôs mecânicos tradicionais.
Segundo pesquisadores envolvidos no projeto, esses insetos aprimorados podem acessar locais onde humanos, drones e robôs convencionais não conseguem chegar, como áreas colapsadas por explosões, escombros de edifícios, túneis estreitos ou zonas ativas de conflito. Isso torna o sistema especialmente promissor para operações de espionagem, missões militares de reconhecimento e até busca e salvamento.
O investimento faz parte de um movimento mais amplo do governo alemão para fortalecer sua posição em tecnologias emergentes de defesa, incluindo IA militar, robótica avançada e drones autônomos. Com isso, a Alemanha busca se firmar como uma referência europeia em inovação estratégica.
Apesar do entusiasmo tecnológico, o projeto já levanta debates éticos e preocupações sobre privacidade, especialmente pela fusão entre organismos vivos e sistemas de vigilância. Especialistas questionam até onde a integração de biologia com tecnologia militar pode avançar e quais são os limites morais dessa nova fronteira.
A iniciativa marca um possível início de uma revolução no setor de defesa, na qual insetos modificados podem se tornar agentes discretos e eficazes em futuros cenários de guerra e inteligência.