A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) concluiu o relatório parcial das investigações que têm como alvo um líder religioso da comunidade Osho Rachana. O homem, que atuava em um espaço localizado entre Viamão e Porto Alegre (RS), tinha a ajuda de dois filhos para cometer os crimes.
O suspeito foi dentificado como Adir Aliatti, 69 anos, conhecido como 'Prem Milan'. As investigações, iniciadas a partir de denúncias de ex-integrantes da comunidade, revelaram práticas sistemáticas de tortura psicológica, exploração econômica, manipulação emocional e violência simbólica, realizadas sob o disfarce de rituais espirituais e terapêuticos.
Os levantamentos feitos pela polícia, referentes à primeira fase da Operação Namastê, deflagrada no fim de 2024, apontam diversos indícios robustos de autoria e materialidade de uma série de crimes praticados pelo trio.
Segundo o inquérito, os adeptos eram submetidos a rituais coercitivos, isolamento social, humilhações públicas e trabalhos forçados, além de terem sido vítimas de violência sexual mediante fraude e golpes financeiros.
De acordo com a Delegada Jeiselaure de Souza, responsável pelas investigações, as ações criminosas envolviam a captação de recursos financeiros de fiéis e simpatizantes, sob falsas promessas de cura espiritual e prosperidade, além da prática de métodos terapêuticos não reconhecidos, com potencial lesivo à saúde física e mental dos envolvidos.