AQUECIMENTO GLOBAL: 2024 é registrado como ano mais quente da história

Este foi o 11º ano consecutivo que o globo registrou 1,0ºC a mais que o período pré-industrial

AQUECIMENTO GLOBAL: 2024 é registrado como ano mais quente da história

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O ano de 2024 entrou para a história como o mais quente já registrado desde o início das observações modernas de temperatura, superando a marca de 1,5°C de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, segundo a MetSul. O ano passado também registrou a temperatura mais alta já registrada desde 1850 e marca o 11º ano consecutivo em que a temperatura global foi igual ou superior a 1,0°C acima da média do período pré-industrial(1850-1900).
 
De acordo com a série de temperaturas HadCRUT5, compilada pelo Met Office, Universidade de East Anglia e o Centro Nacional de Ciências Atmosféricas do Reino Unido, a temperatura média global em 2024 foi de 1,53 ±0,08°C acima da média global de 1850-1900. Este valor supera o recorde de 2023, que foi de 1,46°C, tornando 2024 o ano mais quente já registrado e 2023 o segundo mais quente. O ano de 2024 é, portanto, o primeiro ano em que a temperatura planetária provavelmente excedeu 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
 
A tendência é que diversos centros climáticos globais que divulgarão os dados de temperatura de 2024 confirmem o mesmo: 2024 foi o ano mais quente da história das observações. Esses números destacam como o mundo está se aproximando de ultrapassar a meta de 1,5°C do Acordo de Paris, que estipula um limite de aquecimento global de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais para evitar as piores consequências da crise climática. Vale ressaltar que a meta considera a média de temperatura global a longo prazo, e não apenas a variação de temperatura de um único ano.
 
Colin Morice, do Met Office, comentou que “um único ano excedendo 1,5°C acima dos níveis pré-industriais não significa uma violação do limite de 1,5°C do Acordo de Paris, que exigiria uma temperatura de pelo menos 1,5°C em média por um período mais longo como décadas. No entanto, mostra que a margem para evitar esse limite, por um período sustentado, está cada vez mais estreita”.
 
O professor Rowan Sutton, diretor do Met Office Hadley Centre, acrescentou que “por si só, 1,5°C não representa um ponto crítico em termos de impactos climáticos, mas cada fração de grau de aumento na temperatura global aumenta a frequência e a gravidade de eventos climáticos extremos”.
 
Destacou ainda que o aquecimento “compromete o mundo a maiores elevações do nível do mar e aumenta o risco de ultrapassar pontos de inflexão planetários, como o colapso do bioma da floresta amazônica ou das camadas de gelo na Groenlândia ou na Antártida”.
 
Atualmente, o nível de aquecimento global está estimado em 1,3°C desde os tempos pré-industriais, de acordo com diversas fontes. O aumento da temperatura desde a Revolução Industrial tem sido amplamente atribuído às emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, oriundos de atividades humanas.
 
Além disso, a variabilidade climática natural, como o fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS), também tem impacto no clima global.
 
O El Niño, que afetou 2024 e 2023, tende a adicionar cerca de 0,2°C ao aquecimento global anual, enquanto o fenômeno oposto, La Niña, provoca uma leve diminuição nas temperaturas globais. Mesmo com eventos de La Niña atenuando as temperaturas em 2021 e 2022, a temperatura da superfície dos oceanos foi recorde em 2024.
 
Esses dados reforçam a urgência das ações globais para mitigar os efeitos do aquecimento global, em conformidade com os compromissos assumidos no Acordo de Paris, e para evitar um futuro climático catastrófico.
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