Com ampla vantagem sobre o Partido Social Democrata (PSD), o primeiro-ministro socialista português António Costa venceu as legislativas e, mesmo sem o apoio dos tradicionais aliados de esquerda, obteve a maioria absoluta no Parlamento.
As eleições, antecipadas em dois anos depois que o orçamento de 2022 foi reprovado, registraram o avanço da extrema-direita: o Chega pulou de uma cadeira, em 2019, para atuais 11, tornando-se a terceira força política de Portugal.
No discurso da vitória, António Costa pregou a unidade política. “Uma maioria absoluta não é um governo absoluto, não é governar sozinho. É governar com e para todos os portugueses.
Essa maioria será de diálogo, com todas as forças políticas que representam os portugueses na Assembleia da República.” O primeiro-ministro mandou um recado aos ex-aliados: “Os portugueses mostraram um cartão vermelho para qualquer crise política”.
Até a véspera da votação, as pesquisas indicavam empate técnico entre o PS e o PSD. Porém, ao contrário do que previam as estimativas, o partido de Rui Rio elegeu um número significativamente menor.
Pouco antes da 1h de hoje (horário local), a agremiação havia conquistado 71 assentos (27,8%), contra os 117 (41,68%) obtidos pelos socialistas.