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18 de agosto. O dia em que a Assembleia Legislativa de Rondônia entrou em rota de colisão com a população. Tudo por causa de um malfadado Auxílio Alimentação. Explico. A ALE-RO pagava nove mil reais de verba indenizatória aos deputados. Para fugir dos descontos, alguém teve uma ideia brilhante: transformar seis mil reais em Auxilio Alimentação.
Aí foi só preparar o Projeto de Resolução e mandá-lo para o plenário, que os parlamentares aprovaram rapidinho. Estava tudo resolvido, certo? Errado! A população reagiu. Não deixou por menos. Usou as redes sociais e caiu de pau no lombo dos nobres parlamentares. Preocupados com a reeleição, os deputados não pensaram duas vezes: revogaram o projeto e, de quebra, ainda cortaram vinte por cento da verba indenizatória.
Raramente tive motivos para elogiar a Assembleia Legislativa, mas, hoje, sou obrigado a render-me às evidencias, para reconhecer que a Casa acertou ao decidir pela redução dos gastos feitos pelos deputados por meio da verba indenizatória, apesar de admitir, também, que essa redução só ocorreu porque a população pressionou. Caso contrário, tudo continuaria com antes. Espera-se que a postura da ALE-RO sirva de exemplo para outros poderes, sobretudo nesse momento difícil da vida nacional.
Ações como essa da ALE-RO poderiam compor o mosaico das preocupações não somente das casas legislativas, espalhadas pelos quatro cantos de Rondônia, mas, também, dos executivos e de outras instituições públicas, que lidam com os recursos extraídos do suado salário dos contribuintes, através de impostos e contribuições. Lamentavelmente, ainda há os que insistem em fazer do erário um repasto à satisfação de privilégios pessoais, que em nada se coadunam com as legítimas aspirações do povo.
Auxilio paletó, auxilio creche, auxilio moradia, auxilio alimentação, auxilio transporte, décimos terceiro, quarto e quinto salários a parlamentares e dirigentes públicos, além de despesas com combustíveis e diárias, são excrescências de países atrasados e miseráveis, que não cabem na moldura dos tempos modernos.
Manter esses e outros penduricalhos é insistir em um comportamento retrogrado e que atenta contra a democracia. Conhecer as fragilidades e buscar meios de superá-las exige, acima de tudo, determinação e vontade. No caso da ALE/RO, assim como em outras esferas de poder, o que se observa é que a vontade ainda tem sido pequena. Os interesses mais restritos prevalecem sobre os interesses da coletividade.
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