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9 de Julho de 1992 - M.L.C. Nº 048.
JOANA D’ARC OLIVEIRA – São Paulo, SP.
ALARDE
Minha boemia é sutil,
Fica viúva depois
Que o sono chega...
18.Fevereiro.1993 – M.L.C.Nº 080.
SONIA RODRIGUES – Bebedouro, SP.
A juventude é perpétua
Para quem sabe viver.
A felicidade é eterna
Para quem sabe morrer.
INÊS CANCELIER – Ouro Preto do Oeste, RO
Em meus pensamentos
Criei esconderijos,
Acasalei ideias,
Sufoquei emoções,
Na felicidade de estar
Triste por amar.
12.Agosto.1994 – M.L.C. Nº 165.
ANAND RAO – Brasília, DF.
TINTA
A caneta
Escreve poemas de esquerda
Com a mão direita.
ADÉLIA MARIA WOELLNER – Curitiba, PR.
ANULAÇÃO
Lutei para alcançar
meu espaço
Conquistado.
O espaço,
anulou-me.
E agora?
13.Janeiro.1995 – M.L.C. Nº 194.
EMIL DE CASTRO – Mangaratiba, RJ.
Estranha sinas das ruas:
nascem flores no seu leito
mas ninguém percebe.
10.Fevereiro.1995 – M.L.C. nº 199.
ILMA FONTES – Aracaju, SE.
PLENILÚDIO
A lua é uma hóstia que se
dissolve em minha boca
quando engulo esta noite.
eu, vazio dela
Ela, cheia de mim.
17.Fevereiro.1995 – M.L.C. nº 200.
ROSANI ABOU ADAL – São Paulo, SP
ECOLOGISMO
Agora é marketing
defender a natureza virou moda.
Homens de negócios erguem
bandeiras ecológicas
que são machados
Nada fazem pelo desmatamento
apenas assumem títulos
para se projetarem nos veículos
de comunicação de massa.
25.Fevereiro.1995 – M.L.C. nº 202.
RICARDO ALFAYA – Rio de Janeiro, RJ
SINOPSE
no fim de tudo
a sinopse do mundo
um risco de giz
num quadro mudo.
CLÁUDIO FELDMAN – Santo André, SP
RUÍNA
onde havia um templo
hoje palpita a natureza
deus retomou
obliquamente
seus domínios.
03.Março.1995 – M.L.C. nº 203.
JAIME VIEIRA – Maringá, PR
AMANHECER
O sol amarrado no porão
da noite escapa
Afugenta a lua
espanta as estrelas
Decidido vai para rua
e anuncia um novo dia
10.Março.1995 – M.L.C. nº 204.
ANITA COSTA PRADO – São Paulo, SP
ZONA FATAL
A meretriz da esquina
conduz o velhote ao quarto;
Faz cara de menina, já decorou o texto;
Quem sabe, em sua sina.
Está marcado o incesto?
1º.Abril.1995 – M.L.C. nº 207.
RAQUEL NAVEIRA – Campo Grande, MS
GUERRA NO LÍBANO
A guerra não é libanesa,
De onde vieram a tempestade arrasadora,
O espírito selvagem,
Os perigos da fronteira?
O Líbano refinado,
Alma sonhadora,
Mente racional,
Terra de mel, de leite,
De tradições milenares,
Esta guerra não é tua,
Não és o autor,
És palco e vítima
De sangrenta tragédia.
28.Abril.1995 – M.L.C. nº 211.
DJANIRA PIO – São Paulo, SP
ABISMO
Estou caindo
Seguro-me na ponte
Como ultima esperança e grito
A ponte é podre
e está caindo.
30.Junho.1995 – M.L.C. nº 222.
MANO MELO – Rio de Janeiro, RJ
A RAPOSA E AS VULVAS
Não se assuste muchacho
Se eu lhe disser que a vida é um cacho
Uma parreira carregadinha de uvas
Solteiras casadas
Separadas desquitadas
Divorciadas e viúvas
Sem essa da raposa das gravuras
Como agora que estão todas maduras.
JUREMA BARRETO DE SOUZA – Santo André, SP
LEMBRANÇA
Ah! Apocalipse fulgurantes
Momentos intocáveis
que tentei me revelar
para poder ter você
do meu lado
para me de/Le/itar.
20.Janeiro.1996 – M.L.C. nº 252.
URHACY FAUSTINO – Rio de Janeiro, RJ
Persistência
Na terra seca,
a fava.
Em mim, ideia-seca
arfava
Molhadas de lutas
rotavam.
8.Junho.1996 – M.L.C. nº 270.
SILAS CORRÊA LEITE – São Paulo, SP.
ESTAÇÃO SAUDADE
Fui te esperar na estação
O trem não...
JOÃO SCORTECCI – São Paulo, SP.
Tatuagem
No peito-flor
É a cor do eu em mim.
14.Junho.1996 – M.L.C. nº 271.
DILERCY ADLER – São Luís, MA.
NOSTALGIA
Folhas soltas no chão...
chuva fina...
céu cinzento...
nostalgia...
pinta de leve
acre-doce
solidão!
23.Agosto.1996 – M.L.C. nº 281.
BEATRIZ ESCÓRCIO CHACON – Niterói, RJ
Para-choque
Qualquer que seja o caminho
Vai com Deus a cara a coragem
O breve a camisa branca e p lirismo
30.Agosto.1996 – M.L.C. nº 282.
IRINEU VOLPATO – São Bernardo do Campo, SP.
Trigal amarelourece
longistantes derramados
Sol soslaio
em impado céu azul
Que prece merece
mais que a messe
nesse ir apascentando por meus olhos?
YEDDA GASPAR BORGES – Rio de Janeiro, RJ.
ROSTO
Procurei em toda parte
O seu rosto de criança
A vida imita a arte
Não trouxe o da lembrança
6.Setembro.1996 – M.L.C. nº 283.
LEILA MÍCCOLIS – Rio de Janeiro, RJ
Queimadas
Outrora,
para fugir de Apolo e sua tora,
Dafne se fez de arvore.
Fosse agora,
dependendo da madeira,
só botaria mais lenha na fogueira.
13.Setembro.1996 – M.L.C. nº 284.
ROGÉRIO SALGADO – Belo Horizonte, MG.
o amor é sangria
sei de hemorragias
por isso constantemente
menstruo!
18.Outubro.1996 – M.L.C. nº 289.
ANTÔNIO MARIANO DE LIMA – João Pessoa, PB.
COSMOLOGIA
ou o mundo não passa mesmo
de uma grande boca
que ao prometer o beijo
temos o dia
negando-o em seguida
temos a noite?
BEATRIZ HELENA RAMOS AMARAL – São Paulo, SP
Modo Ibérico de amar
deixando a própria terra
e se lançando ao mar.
TÂNIA DINIZ – Belo Horizonte, MG
Sozinha pra dormir
Cama de faquir
15 e 16.Novembro.1996 – M.L.C. nº 293.
ADEMIR ANTÔNIO BACCA – Bento Gonçalves, RS.
DA TRISTEZA MAIOR
bate
a mariposa deslumbrada
no vidro da janela
iludida pelo brilho
dos teus olhos tristes
SALOMÃO SOUSA – Brasília, DF.
amoleça a guarda ao palácio
seu guarda
que de tanto guardar
ficamos desprotegidos
20.Dezembro.1996 – M.L.C. nº 298.
ALMANDRADE – Salvador, BA.
a orquestra respira
respira fundo
desperta os ouvidos
toca sem fazer
barulho
27.Dezembro.1996 – M.L.C. nº 299.
MÁRCIO CATUNDA – GENOVA, SUIÇA.
MANTRA
Vem chegando o sol.
Vem trazendo luz para os angustiados,
saúde aos enfermos.
É a luz divina que salva os homens,
bendito seja Jesus,
quem nos dá vida e eternidade.
17.Janeiro.1997 – M.L.C. nº 302.
NEIDE BARROS RÊGO – Niterói, RJ
Reflexão
Espinhos, lágrimas, dor
tristeza, ódio, revolta,
Ah! Nem o Criador
pode trazer a minha mãe de volta!
21.Fevereiro.1997 – M.L.C. nº 307.
LAU SIQUEIRA – João Pessoa, PB
Mercado Central de João Pessoa
São tristes
As folhas murchas
Do repolho
Que um homem faminto
Não pode comer.
18.Abril.1997 – M.L.C. nº 315.
ELIANA SEBBEN PEDROTTI – Bento Gonçalves, RS.
IMPUREZAS
Ando nua
Sem angustia
Nem fazer mais caso
Do encobrir
A grande inocência.
ANAIR WEIRICH – Chapecó, SC.
MASOQUISMO
Me escondo nas dores
Que os amores me trazem.
E busco nas fugas
Aquilo que me sugas
Do mal que me fazem
25.Julho.1997 – M.L.C. nº 328.
MARLY NASCIMENTO BRASILIENSE – São Bernardo do Campo, SP
COLISÃO
Eu triste degradada
Por tanto amor degradada
Sou espectro de emoção!
Andarilha, o que me resta
É a clausura para este coração.
Nesta profunda cogitação
Nego, renego minha emoção
Trombo com as maldadas...
Quase que morro de loucura
Tanta dor me desfigura
Só encontro falsidade!
1º.Agosto.1997 – M.L.C. nº 329.
DORONI HILGENBERG – Manaus, AM.
Terraço
O último andar
é dos poetas,
que mesmo distante da lua
estão mais perto dos sonhos.
22.Agosto.1997 – M.L.C. nº 332.
RENATA PACCOLA FRISHKOM – São Paulo, SP.
Ao saudar um novo dia,
o pássaro, em liberdade,
traz no canto a melodia
de um hino à felicidade!
12.Setembro.1997 – M.L.C. nº 335.
HUGO PONTES – Poços de Caldas, MG
REINO
Na terra
dos felizes
para sempre
a emoção é livre.
7.Novembro.1997 – M.L.C. nº 343.
ELIAKIN RUFINO – Boa Vista, RR
Acendo meu incenso
Penetro meu aroma
No teu ser
Perfuma minha essência
Unta-me
Com teu óleo íntimo.
14.Novembro.1997 – M.L.C. nº 344.
GOULART GOMES – Salvador, BA
ÁCIDO
A água furou a pedra
moinhos de Amsterdã
a manhã será mais bela.
21.Novembro.1997 – M.L.C. nº 345.
JOCIMAR ALVARES BUENO – Belo Horizonte, MG
Ame, ame, embora tudo se desmanche,
abra seu céu azul e branco interior,
pois, em se amando, há pouca chance,
Que chance poderá haver sem amor?
5.Dezembro.1997 – M.L.C. nº 347.
DINIZ FELIX DOS SANTOS – Brasília, DF.
Memória lasciva
Eras tão jovem e insinuante,
que me davas calafrios;
Eras tão ser e elegante,
que me férias os brios;
Eras tão leve e distante,
que me senti nos baixios;
Eras tão mar e flamante,
que me há, de eterno, estes cios.
12.Dezembro.1997 – M.L.C. nº 348.
WILMAR JOSÉ MATTER – Ijuí, RS.
PARA O MELHOR
Invento peixinhos coloridos
e os misturo às estrelas
que repousam nos teus olhos.
Juntos, esqueceremos dardos
e juntamos dados
para o melhor.
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