A escabrosidade degradante do ser – por Marquelino Santana

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A arrogância exacerbada humana é arbitrariamente caracterizada pela ganância insaciável ao ato de ter. Essa absurdez horripilante culmina de forma malevolente com ataques doentios e embrutecidos em desfavor da natureza em agonia. Mas esses ataques perniciosos vão além disso, visto que o transporte rodoviário-fluvial da madeira “legalizada” é apenas um subterfúgio para o escoamento delinquente do narcótico. 
 
O tradicional varadouro transformou-se em estrada, e a estrada abriu caminho para a passagem tenebrosa e espoliante do ilícito. Na fronteira amazônica o que era estrada transformou-se em pista clandestina de aeronaves de pequeno porte como suporte logístico do narcotráfico internacional. Mas esse caminho aberto gera também consequências graves a sociedade. O jovem que sonhava em ser médico, escritor, juiz ou outro profissional, vê tragicamente o futuro promissor se transformar no pesadelo da dependência química, da violência, da criminalidade e da morte em vida.



 
A Amazônia fronteiriça e suas características humanas juvenis encontram no bojo de sua vulnerabilidade social excludente a marginalização aviltante de crianças e adolescentes sendo ominosamente adotadas pela rede criminosa de seus atos ilícitos que sugam e devoram os valores éticos e morais de uma juventude condenada a viver sobre a proteção do território do crime organizado que alimenta e potencializa uma jovem rede de usuários que esmaece e ceifa a cotidianidade da vida.
 
Da América andina às fronteiras brasileiras amazônicas, o narcotráfico transforma-se num devastador crime transnacional, desafiando limites em diferentes rotas clandestinas de caráter aéreo, terrestre e fluvial. Esse avanço geopolítico das organizações criminosas oferece relevantes suportes logísticos para o transporte de drogas, contrabando variados, armas, munições, e instalações laboratoriais de processamentos ilícitos que fortalecem as conectividades narcóticas, e desafiam de maneira hedionda as soberanias do Estado internacional. 
 
Na Amazônia fronteiriça, os jovens das coletividades tradicionais e originárias, são rotineiramente assediados para compor o recrutamento faccioso do crime organizado. Dessa forma, os valores cosmogônico-ancestrais com seus ritos e mitos, são de forma persuasiva, substituídos pela delinquência perniciosa que provoca sem comiseração, a escabrosidade degradante do ser.
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