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Pense: se a vida estava difícil com todos dentro da mesma casa, imaginem como é na separação, com filhos para lá e para cá e provavelmente, em seguida, adicionando-se padrastos e madrastas.
E aí, em situação de discórdia, o ex-casal deposita suas expectativas no Judiciário.
Se o casal não consegue resolver as questões relacionadas ao seu núcleo familiar, vocês acham que o Juiz, que tem cinco mil processos para julgar, que não sabe NADA sobre a dinâmica da vida daquela família vai conseguir apresentar uma solução perfeita?
Será feito o que é possível para preservar o melhor para as crianças.
Mas, cá entre nós, esta preocupação deve ser em primeiro lugar, dos próprios pais, que precisam ter maturidade suficiente para lidar com tal situação!
Portanto, caso a separação seja inevitável, se necessário, o ideal é que sejam consultados psicólogos e advogados que possam fazer um trabalho de mediação para que o ex - casal tente se conciliar e apresentar uma forma de acordo mais adequada à situação em que se encontra.
Lembrem, o juiz não estará na casa de vocês nos finais de semana e feriados para fiscalizar a que hora o genitor (a) buscou ou levou a criança em casa em dia de visita.
Se os genitores não forem razoáveis e não conseguirem cumprir o que for determinado - seja por acordo entre as partes homologado pelo juiz, seja por determinação judicial - a vida de todos passará a ser um tumulto só!
Trago esta mensagem para lembrar ao casal que a responsabilidade de promover um ambiente saudável para as crianças é primordialmente dos pais, no entanto, ainda recebo muitos casais que acham que o “juiz” tem que fazer algo.
O Judiciário atua, mas em casos graves, de maus tratos, assédios, violência, dentre outros.
Mas, definitivamente, não é função do Judiciário resolver e aparar picuinhas entre ex-casais.
Portanto, é necessário que o casal assuma para si a responsabilidade de criar um ambiente saudável para a vida das crianças e pare de pensar é o juiz que vai resolver os problemas de sua família.
Certamente, há problemas muito maiores e mais graves para o Poder Judiciário se ocupar do que briguinhas de ex-casal que não consegue se entender, concordam?
Flávia Oleare é advogada cível especialista em Direito de Família e Sucessões e membro da Comissão de Direito e Família e Sucessões e da de Direito de Idosos da OAB/ES. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria (www.oleareetorezani.com.br), contato: flavia@oleareetorezani.com.br
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