FORA DO PÁREO: Novas condenações de Ivo Cassol remexem disputa pelo Governo Estadual

Silvia Cristina pode se tornar nova aposta do PP

FORA DO PÁREO: Novas condenações de Ivo Cassol remexem disputa pelo Governo Estadual

Foto: Divulgação

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O chicote

A tragédia dos incêndios de Los Angeles, afetando diversos ídolos do cinema, comprova que os ricos também sofrem com os fenômenos climáticos severos. Por lá se deu que uma seca prolongada e fortes ventos espalharam chamas descontroladas. Para pôr uma cereja venenosa nesse bolo trágico, o corte de verbas para a prevenção fez o resto. No Brasil também existe o perverso hábito de cortar recursos da prevenção em favor de obras inauguradas com festas entre aplausos e foguetório.
 
A Amazônia tem registrado secas incomuns, com a diferença de que os danos não afetaram ninguém ligado às altas indústrias. São barcos encalhados nos rios, áreas antes vivas de farta vegetação apresentando paisagem desértica, comunidades isoladas, incêndios, destruição da biodiversidade e perda total para os retirantes que se completam com o passivo de fumaças se estendendo céu acima. Os prejuízos se alastram.
 
Não faltam estudos indicando que o agravamento das tragédias climáticas está relacionado ao aquecimento global. Nos EUA, fala-se em um “chicote climático”, castigo causado por mudanças repentinas de condições extremas de seca e umidade. E assim, vendavais, tempestades, secas e chamas sem controle chicoteiam a Califórnia como nunca, depois de muitos sustos nos anos recentes. Como chicote que dá em Chico também dá em Francisco, prevenir é sempre o melhor remédio. 
 

Fora do páreo

Com novas condenações o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol já está fora do páreo na disputa pelo governo estadual de Rondônia. Festa para os concorrentes, como o atual vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), os senadores Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatolli (Vilhena), ambos do PL, o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) e principalmente o prefeito de Cacoal Adailton Fúria que teria um concorrente rachando suas bases na Região do Café e Zona da Mata. Hildão feliz, menos um adversário feroz.
 

Com Silvia Cristina 

Sem Cassol disputando o governo estadual, o PP nacional aposta suas fichas na deputada federal Silvia Cristina (Ji-Paraná), com excelente votação a Câmara dos Deputados no último pleito. Na composição de chapa, o ex-governador Ivo Cassol deverá apontar o vice e alguns nomes começam a ser cogitados neste sentido. O partido também terá um candidato ao Senado do próprio partido ou em alianças para reforçar as paliçadas da parlamentar progressista. Depois de muito tempo, Rondônia vota a contar com uma candidata feminina ao governo. A última foi Fátima Cleide.
 

Grandes alianças

Em Rondônia grandes alianças políticas têm tombado por não respeitar os desejos das bases, tanto na disputa ao governo estadual, quanto nas pelejas sucessórias em Porto Velho. Ainda nos anos 90, na disputa pelo então Palácio Presidente Vargas, sede do governo estadual, o maior exemplo foi a coalizão “Rondônia com Fé”, pilotada pelo então prefeito de Porto Velho Chiquilito Erse, que largou com grande favoritismo e acabou levando uma baita virada de Valdir Raupp. Para lembrar aos políticos que antes de montar as alianças é preciso pesquisar um pouco o cenário nas bases eleitorais.
 

Grandes vexames

Se nas eleições ao governo de Rondônia tem ocorrido muitas reviravoltas, nas disputas a prefeitura de Porto Velho grandes vexames. Foi o caso da célebre aliança firmada entre dois adversários políticos, o então prefeito Carlinhos Camurça e o deputado Mauro Nazif. Nas contas deles, somadas as estimativas de votos de ambos, se contabilizava 130 mil votos e isto iria garantir uma vitória sensacional de Nazif. Tinham até dó dos adversários, tamanha vantagem projetada. Mas os cálculos da dupla não deram certo, as bases tinham rivalidades tribais e a coisa acabou redundando na eleição do petista Roberto Sobrinho.
 

Aposta de Hildão

Nas eleições de outubro passado, outra grande reviravolta, com direito a efeito manada no segundo turno. Nas contas de Hildão e do seu instituto de pesquisas, ele tinha 90 por cento de aprovação popular e com isto não teria dificuldades de impor Mariana Carvalho como sua sucessora. A coisa até foi boa no primeiro turno com uma baita vantagem da candidata do União Brasil. No entanto, no segundo turno tudo desandou e a grande favorita tubulou gloriosamente. A rejeição dos evangélicos ao nome apoiado por Hildão, bem como o apoio do eleitorado feminino ao seu adversário, Leo Moraes, levaram a aliança à breca.
 

Buscando inspiração

Não é de hoje que os prefeitos de Porto Velho e Rio Branco buscam inspiração em Curitiba para eventuais inovações em suas respectivas cidades. A visita mais recente a capital paranaense é do prefeito acreano Tião Bocalon (PL), atualmente licenciado em lua de mel com a nova esposa buscando ideias urbanísticas. Lembro que Chiquilito Erse em sua administração também fez o mesmo, corujando as obras do então prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Por coincidência o ex-prefeito Hildon Chaves esteve por lá buscando ideias. O atual prefeito Leo Moraes estudou em Curitiba, onde foi líder universitário.
 

Via Direta

Que esta moda dos políticos trocarem de esposas por mulheres mais jovens não pegue por aqui. No Acre, o prefeito Tião Bocalon já está em lua de mel e o governador Gladson Cameli anunciando sua nova namorada. Olho vivo porque o sujeito trocar de mulher, aqui em Rondônia, principalmente se for político, pode ser fim de carreira. Vários deputados estaduais de Rondônia de legislatura anteriores fizeram isto e se ferraram nas urnas  O eleitorado rondoniense ainda é muito conservador. Políticos gays ou lésbicas evitam assumir a sexualidade com receio de perder votos nestas bandas.
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