A COISA DESANDOU: A poderosa aliança governista rachou por causa de interesses dispares para as eleições 2026

A poção da vitória desandou com alianças equivocadas e pelo punhal da traição, e por último, até por debandadas de última hora

A COISA DESANDOU: A poderosa aliança governista rachou por causa de interesses dispares para as eleições 2026

Foto: Divulgação

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Pequena lista

 

A cidade paulista de Aparecida do Norte tem um turismo robusto por ser a cidade em que ocorreu um suposto milagre da santa, em 1717. Nas datas religiosas, a cidade atrai milhares de turistas da fé, triplicando a população local, que se especializou em atender bem aos romeiros, com boa hotelaria e serviços.

 

O turismo amazônico tem um imenso potencial, ainda longe de ser explorado, embora a região seja o cenário de muitos milagres cotidianos. Um dos maiores obstáculos ao aumento significativo da visitação é a ênfase noticiosa sobre a devastação e ações criminosas, que embora esparsas transmitem ao público externo a impressão de ser a realidade diária de toda a floresta.

 

Se Aparecida arrasta milhares de turistas em busca de salvação espiritual, a Amazônia deveria atrair milhões com a expectativa de participação ativa na salvação da floresta e, por extensão, do planeta Terra e da civilização humana.

 

Interessante, nessa perspectiva, é a lista de quatro razões para visitar a Amazônia apresentadas pela pesquisadora Gigi Vilela, do podcast Eureka: 1. Ausência de mosquitos, moscas e outros insetos incômodos. 2. Paisagens belíssimas. 3. Deliciosa culinária local. 4. Museu de Ciência da Amazônia (MuCA). Parece impressionante que uma listinha tão básica e simples consiga condensar, telegraficamente, a imensidão de maravilhas que a Amazônia oferece. A floresta merece visitas e apoio.

 

 

A grande virada

 

Sem nenhum fato novo capaz de mudar a trajetória de uma fantástica virada eleitoral em Porto Velho em favor do candidato da oposição Leo Moraes (Podemos), caminhamos para a eleição neste domingo para o pleito do segundo turno, onde a favorita para o certame era a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Uniao Brasil) candidata apoiada pelo governador Marcos Rocha, pelo prefeito Hildon Chaves, pelo presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz, senador Marcos Rogério e a deputada federal Silvia Cristina. Era um palanque repleto de caciques regionais além do apoio do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

 

A poção da vitória I

 

Expoentes políticos rondonienses – cito os casos de Roberto Sobrinho, Confucio Moura, o próprio governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves - usavam como uma verdadeira poção da vitória nos embates com os adversários como ingredientes, o pagamento rigorosamente em dia do funcionalismo, a regularização fundiária e a construção de casas populares. Se constata agora que isto valeu para eles, não vale para os apadrinhados. O próprio Confúcio apoiou Maurão e ele tubulou glorisamente. Pelo visto Marcos Rocha e Hildon Chaves seguirão pelo mesmo caminho com Mariana.

 

A poção da vitória II

 

Mas que ninguém diga que a poção da vitória, idealizada, misturada e fervida com todo carinho pelo alquimista Hildon Chaves para a vitória neste domingo de Mariana Carvalho tenha sido equivocada. Pagamento em dia do funcionalismo durante oito anos, ele foi campeão de pavimentação entre todos os prefeitos, grande campeão da concessão de titulação propriedades –foram mais de 20 mil escrituras – a restauração do Complexo a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a obra da nova rodoviária está aí quase pronta, novas praças, avanços na urbanização, milhares de casas populares entregues. Ótimos ingredientes nesta poção, mas a beberragen desandou.

 

Grande impulso

 

Mas em caso de vitória da sua ungida Mariana Carvalho no embate com Leo Moraes, Hildon terá um grande impulso na sua candidatura ao governo estadual, alavancada como um foguete para 2026. No caso da derrota de Mariana, o prefeito terá que lamber as feridas e projetar outros rumos, talvez uma candidatura ao Senado. Até a passagem para o segundo turno era impensável uma derrota da candidata chapa branca, com 14 partidos, apoiada por celebridades políticas. Nos meios governistas se imaginava uma vitória em turno único, no segundo turno se projetava nos meios governistas, neste domingo, uma vitória mais apertada

 

Gnomos em ação

 

Os mesmos gnomos que alteraram o rumo de eleições de políticos que sequer acreditavam que seriam vitoriosos como Roberto Sobrinho e Hildon Chaves e que atuaram também nas reviravoltas favoráveis a Carlinhos Camurça sobre Everton Leoni e Mauro Nazif em cima de Lindomar Garçon, apareceram de novo da floresta encantada, para em revoadas mágicas, revirar tudo de novo de cabeça para baixo neste pleito 2024. Acredito que nem Leo Moraes poderia esperar uma vitória tão consagradora neste domingo, mas é uma situação que pode ser convalidada por um efeito manada que vem ocorrendo há quase duas semanas.

 

A coisa desandou

 

O fato é que a coisa entornou no meio dos chapas branca. A poderosa aliança governista rachou por causa de interesses dispares para as eleições 2026. A poção da vitória desandou com alianças equivocadas e pelo punhal da traição levantado por aliados, e por último, até por debandadas de última hora. Por tudo isto acredita-se que Leo Moraes se tornou o grande favorito para ser consagrado nas urnas neste domingo. Uma situação que poderá ser revertida apenas se os quase 26 por cento de indecisos se voltem a candidatura governista. Nas minhas contas até entre os indecisos Leo vai levar vantagem, com o efeito manada.

 

Rachas históricos

 

Rachas de composições favoritas, como desta coalizão chapa banca disputando a prefeitura de Porto Velho, já aconteceram anteriormente. Por um racha, a aliança Rondônia com Fé, reunindo grandes partidos para eleger o favorito Chiquilito Erse ao Palácio Presidente Vargas, despencou. No auge do lulopetismo, quando o PT teria condições de eleger o governador da época, caso do então prefeito Roberto Sobrinho eleito e reeleito na capital, os petistas racharam e impediram a candidatura de Sobrinho. Nesta eleição 2024 o bolsonarismo começou a rachar quando o candidato do União Brasil Fernando Máximo foi objeto de uma rasteira no próprio partido.

 

Abstenção enorme

 

Com o feriado conjugado com o domingo de eleições, a previsão é de uma abstenção recorde nas eleições do segundo turno em Porto Velho, bem acima dos 26 por cento registrados no primeiro turno em 6 de outubro. Ocorre que além de muita gente viajando, não teremos aquela multidão de vereadores interessados no pleito. Foram quase 100 mil eleitores que deixaram de votar no primeiro turno e este quantitativo deverá aumentar neste domingo. Cabe aos dois candidatos, Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) mobilizar suas militâncias para evitar tantas abstenções.

 

Cais flutuante

 

Finalmente a notícia dando conta da reforma e ampliação do cais flutuante, no Rio Madeira, em Porto Velho, abandonado pela Marinha do Amazonas e pelo Dnit há quase dois anos. Mas a coisa ainda vai longe, da licitação a obra até a finalização dos projetos vai uma enormidade de tempo, entre disputas judiciais entre as empreiteiras interessadas, como ocorre também na construção da ponte binacional em Guajará Mirim, sobre o Rio Mamoré. A União tem anunciado obras em Rondônia que demandam tempo e que podem ser concluídas apenas na próxima administração federal.

 

Via Direta

 

*** Os bancários estão revoltados com as notícias dando conta que o Bradesco fechou 16 agências nos últimos anos em Rondônia. Só na capital foram quatro com as portas cerradas causando desemprego e sofrimento aos familiares atingidos ***Sem condições de concorrer com as grandes redes de supermercados pequenas mercearias dos bairros estão deixando de oferecer aos clientes hortigranjeiros; até a banana teve seguidos aumentos ***São golpes para todo lado. Golpe do pix, de falsos sequestros, até de pesquisas eleitorais fajutas. Onde vamos parar? *** Somente neste ano pelo menos três aviões de pequeno porte transportando cocaína foram abatidos em território rondoniense. Mais dois foram abandonados com os ocupantes fugindo pela mata.

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