Foto: Divulgação
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A repercussão dada ao caso da adolescente de 15 anos, possivelmente violentada por cinco homens, tomou uma dimensão que a própria vítima não tem consciência.
Muitos comentários nas redes sociais vão além da preocupação real com a menor. Nos dias de hoje e com uma crueldade sem tamanho, muitas vítimas são consideradas culpadas, seja pela roupa usada ou pelo ambiente que frequenta.
Hoje deixei de ler e ouvir comentários e fui ao Hospital de Base verificar o estado real que a menor, vítima do suposto abuso, se encontra.
Apesar de não ter conseguido falar com a mãe da menina, que se nega a atender qualquer pessoa da imprensa, percebi a revolta da mulher com toda a repercussão. Justifícável por sinal, afinal não é fácil lidar com tanta dor e sofrimento de um filho.
O trabalho da imprensa é noticiar os fatos, mas também se solidarizar no momento que se faz necessário. Por outro lado, pessoas “ignorantes” fazem julgamentos maldosos colocando a menina como culpada. Vítimas de violência sexual são VÍTIMAS.
A cidade de Porto Velho há alguns anos ficou chocada com o cruel assassinato de Naiara Karine, vítima também de violência sexual. Infelizmente Naiara não sobreviveu para contar a história. A garota sim e é isso que deve ser o mais importante, o bem estar dela.
Qualquer pessoa pode entender que o trauma psicológico é tão grave quanto o físico, porém este pode ser tratado a curto prazo. A adolescente vai ter marcas para sempre. É sabido que vítima de violência sexual, em algum momento, se culpa ou sente vergonha. Em outras situações há um bloqueio mental causando a negação dos fatos, levando a vítima a fingir que nada aconteceu. O tratamento psicológico é extremamente necessário e leva muito tempo. Mas não se engane, apesar de toda a negação, a pessoa sofre muito e muitas vezes, em silêncio.
COMO ELA ESTÁ
Desde que foi socorrida no Hospital João Paulo II, a menor passou por vários procedimentos cirúrgicos. Segundo o que foi informado na unidade de saúde, a vítima não tem consciência total do que realmente aconteceu com ela. A menor passa a maior parte do tempo sedada por causa dos procedimentos cirúrgicos aos quais está sendo submetida.
Ainda segundo Informações apuradas, há outro agravante: é visível o estado de choque da adolescente, que faz com que ela não confirme, nem negue nenhuma informação, pois não tem ainda condições para isso.
Sejamos então todos um pouco mais humanos, pois neste momento tudo o que a menor precisa é de solidariedade e apoio em qualquer das situações, seja ela queda de jet ou até mesmo o estupro, pois os julgamentos à ela ou à família não cabem.
Estando a menina sob cuidados de profissionais, se confirmada a violência sofrida, a preocupação maior deverá ser pela busca dos autores desta violência, para que sejam todos julgados com os rigores que a lei determina.
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